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Confiança do varejo cai em janeiro, mas intenção de investimentos se mantém

Índice da CNC revela aumento de cautela do empresariado

29 de janeiro de 2025

confianca comercio
Pesquisa revela otimismo moderado, impactado pelos gastos típicos dos consumidores no início do ano, como IPTU, IPVA e custos escolares - Arte: CNC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou queda de 1,1% em janeiro, atingindo 109 pontos, após três meses de resultados positivos. A pesquisa, realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revela moderação do otimismo dos comerciantes, impactado pelos desafios econômicos e pelos gastos típicos dos consumidores no início do ano, como IPTU, IPVA e custos escolares. O resultado é 0,1% inferior ao apurado no mesmo período do ano passado.

A pesquisa revela que os subindicadores que mais contribuíram para a queda do índice foram os relativos à Condição Atual da Economia e Expectativa da Economia, ambos 2,6% abaixo dos números do mês anterior. Apesar disso, as intenções de investimento cresceram 0,2% e 2,4%, no comparativo com dezembro e janeiro de 2024, respectivamente. O foco tem sido o investimento em capital físico e o controle de estoques. Após as contratações temporárias de fim de ano, houve estabilidade no quadro de funcionários.

“O cenário é de cautela para o comércio, o que nos alerta para a necessidade de redobrarmos esforços em prol da retomada econômica, especialmente em um momento de maior pressão sobre os custos. Por outro lado, é animador ver que os investimentos continuam avançando, o que demonstra o comprometimento dos varejistas com a superação dos desafios”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Semiduráveis puxaram para baixo

A queda da confiança foi mais expressiva no setor de bens semiduráveis, como roupas, calçados, tecidos e acessórios, em que houve redução de 1,8%. Por outro lado, os segmentos de supermercados, farmácias e lojas de cosméticos (0,3%) e de eletroeletrônicos, móveis e decorações, materiais de construção e veículos (0,7%) apresentaram desempenho positivo.

“Essa retração no otimismo dos empresários de semiduráveis reflete o comportamento cauteloso do consumidor, típico do período pós-festas, quando os orçamentos familiares estão mais pressionados pelas despesas sazonais. Mas é importante destacar que o momento exige estratégias assertivas, como promoções, flexibilização de prazos e maior controle dos estoques”, avalia o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

Investimentos por setor

A intenção de investimentos teve variação positiva em quase todos os segmentos, com destaque para eletroeletrônicos, móveis e decorações, materiais de construção e veículos (1,1%), apesar da alta da taxa Selic. O comércio de bens semiduráveis foi o único que reduziu sua perspectiva de investimentos, em 1,4%. Ainda assim, a análise anual do quesito foi positiva para todos os setores, com eletroeletrônicos, móveis e decorações, materiais de construção e veículos também apresentando a maior alta, 4,3% superior ao primeiro mês de 2024.

Acesse a análise, a série histórica e vídeo do economista responsável pela pesquisa.

Fonte: CNC

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