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Custo de vida varia até 51% entre uma cidade e outra no Brasil

Pesquisa da Mercer mostra que as cidades brasileiras têm um custo de vida muito distinto ao longo do país

02 de junho de 2021

custo vida Brasil


Entender como funciona o orçamento e os hábitos do consumidor é fundamental para um bom posicionamento dos negócios. No Brasil isso é especialmente importante: o custo de vida pode variar até 14% na comparação das cidades, de acordo com estudo da Mercer.

A partir da análise de 17 cidades em 10 categorias diferenças de serviços — que englobam cuidados pessoais, esportes e lazer, refeições dentro e fora de casa, roupas e calçados, serviços de utilidade pública, serviços domésticos, álcool/tabaco, suprimentos domésticos e transporte —, o estudo conclui que o custo total de vida deve aumentar ou diminuir consideravelmente em boa parte das cidades.

“Para a realização da pesquisa nacional, ‘tropicalizamos’ a cesta de produtos da nossa pesquisa global, mantendo premissas, categorias e metodologia”, explica Inaê Machado, líder de Mobilidade Nacional e Internacional na Mercer Brasil.

Brasileiro gasta mais com serviços domésticos e lazer

De acordo com o estudo, o que mais pesará no orçamento dos brasileiros a partir dos próximos meses é a categoria de serviços domésticos, que inclui produtos de limpeza, babás e serviços de lavanderia. Segundo a pesquisa, a cidade mais cara dessa categoria, com um valor 7% maior que o pago em São Paulo — cidade usada como referência —, é Porto Alegre (RS).

Já as cidades com menor custo nessa mesma categoria, 34% abaixo da média paulista, foram Recife (PE) e Fortaleza (CE). Além dos serviços domésticos, a capital cearense também se destaca na categoria de refeições fora de casa, com um valor 32% inferior ao de São Paulo. No Rio de Janeiro (RJ), essa média é 4% maior que a capital paulista.

“Procuramos considerar uma abordagem justa, neutra e o mais simples possível. Cada cidade é avaliada usando as mesmas mercadorias e marcas, por exemplo, para fornecer esta comparação de custos de maneira assertiva”, comenta Machado.

A categoria de Esporte e Lazer, que analisa itens como aluguel de quadras, ingressos de cinema, shows e outros, segundo o estudo, é a terceira que mais pesa no orçamento dos brasileiros. A diferença entre as cidades pode variar em até 51%.

Nota-se que Manaus lidera como a cidade mais cara para prática esportiva e custo do lazer (16%), seguida por Camaçari (BA) (13%), Balneário Camboriú (SC) e São José dos Campos (SP) (6%). Já Belo Horizonte (MG) apresentou o menor custo, consagrando-se como a cidade mais barata nesse tópico (-23%).

Itens básicos e suas diferenças no custo de vida

Até mesmo os itens mais básicos à sobrevivência devem ser levados em consideração, visto que tem uma alteração expressiva de preço entre uma cidade e outra. De acordo com o estudo, a categoria de refeição em casa tem um preço elevado em Camaçari (BA), com 7%, seguida por Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT) e Campinas (SP), todas com 6%.

Em serviços de utilidade pública, que incluem itens básicos de moradia, tais quais energia elétrica, telefonia e internet, gás e água, os valores podem variar até 30% entre a cidade mais barata e a mais cara. Para a categoria, Curitiba (PR) é a cidade mais cara (28%), seguida por Fortaleza (CE) (20%), Rio de Janeiro (RJ) (18%), Belo Horizonte (MG) e Campo Grande (MS) (17%).

Para itens como eletrodomésticos, que se enquadram na categoria de suprimentos domésticos, Goiânia (GO) é a cidade com maior custo (15%).

Fonte: Portal Consumidor Moderno - Foto: Pexels

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