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Fluxo retrai em lojas físicas, mas faturamento aumenta 9% em fevereiro

Em fevereiro, lojistas de rua apresentaram recuo de 8% e os de shoppings 5%, em relação ao mesmo período de 2023

04 de abril de 2024

lojas fisicas


O fluxo de visitação em lojas físicas registrou queda de 6% no mês de fevereiro de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da pesquisa  Índices de Performance do Varejo (IPV), organizada pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

Os estabelecimentos de rua apresentaram recuo de 8% e os de shoppings, 5%, na mesma base de apuração. Ainda, os shopping centers, em geral, registraram 1% de retração no fluxo.

Transações em alta

Por outro lado, o faturamento do varejo apresentou aumento de 9% no Brasil. Com destaque para lojas de rua, que atingiram 14% de alta, e para a região Nordeste, que alcançou 13%. Essa movimentação refletiu na variação no ticket médio geral, que chegou à casa dos 4,5%, representando crescimento de 6% para estabelecimentos de rua e 0,2% para lojas de shoppings.

“Apesar das turbulências políticas e econômicas, é crucial adotar um olhar mais otimista sobre a economia brasileira em 2024 a partir da performance desse primeiro trimestre. A redução consistente da taxa básica de juros pelo Banco Central traz alívio para os varejistas, facilitando investimentos em expansão, tecnologia e estoques. Com previsões favoráveis de crescimento econômico e inflação controlada, vislumbramos um ciclo virtuoso de mais consumo, empregos e benefícios para toda a sociedade”, analisa Eduardo Terra, presidente da SBVC.

Dados por região

Com exceção do pequeno acréscimo no fluxo de visitação apontado no Nordeste (0,3%) e Centro-Oeste (1%), as demais regiões apresentaram redução. Destaque para o Norte, com queda acentuada de 21%.

No entanto, assim como o faturamento apresentou aumento de 9% no país, as vendas também subiram; registraram 4% de alta em todas as regiões, com destaque para Centro-Oeste (9%), Nordeste (7%) e Sul (3%).

Fluxo entre setores

O fluxo de visitação contou com redução nos quatro setores com dados apurados em fevereiro de 2024 em relação ao mesmo mês do ano anterior. Por outro lado, em termos de vendas, há notável destaque no segmento de “artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, com alta de 11%, além do aumento expressivo de 17% no faturamento. Trata-se do único setor com destaque positivo no período.

Na contramão, como destaque negativo, encontra-se a categoria “móveis e eletrodomésticos”, com redução de 10% nas vendas e “tecidos, vestuário e calçados”, registrando redução de 5% em faturamento.

“Ainda que as iniciativas de transformação digital tenham enfraquecido no ano passado, por conta de planos de sobrevivência imediata de algumas companhias, temos visto que o cenário econômico pode ajudar a superar gradualmente esse desafio. E, ainda que o fluxo no varejo físico tenha decrescido no último mês, a loja nunca teve um papel tão importante na jornada de consumo, assumindo parte estratégica para melhorar experiência, aumentar engajamento e fornecer conveniência ao consumidor”, relata Flávia Pini, sócia da HiPartners.

Outros insights do estudo

O índice de Cesta Básica no E-Commerce (ICB-COM) registrou alta de 17% em relação a fevereiro de 2023. Na variação mensal, houve crescimento de 0,15%.

Para o indicador do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da cesta básica, que cobre preços em lojas físicas, houve alta de 2% na variação mensal de fevereiro de 2024, em São Paulo. Em relação a fevereiro do ano anterior, o índice apresentou crescimento de 4%.

No volume de vendas, o destaque positivo foi Centro-Oeste (9%), seguido do Nordeste (7%) e Sul (3%).No faturamento nominal, o maior crescimento foi da região Nordeste (13%).

No fluxo de visitantes, Norte (-21%) foi destaque negativo e Nordeste (0,3%) e Centro-Oeste (1%) apresentaram pequena alta no período.

O segmento de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos teve alta de 11% nas vendas e 17% em faturamento.

Fonte: Mercado&Consumo - Foto: Shutterstock

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